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Africanidades: conheça esta trilha do Ensino Médio

12 mar, 24 | Blog

Em 2022, entrou em vigor uma nova proposta para o Ensino Médio: o processo de aprendizagem passou a ser ainda mais ativo. Com professores que estimulam o pensamento crítico e criam um contexto repleto de reflexão, os alunos se toram cada vez mais protagonistas em sua jornada de estudo. 

Seguindo as novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), então, temos em nossa escola as “Trilhas do Ensino Médio”, também conhecidas por Itinerários Formativos. Este é um trabalho que abre a possibilidade de o estudante aprofundar seus conhecimentos para lidar com os desafios atuais do presente e do futuro. 

Nova trilha: Africanidades

O contexto é o seguinte: em 2003, a lei 10.639 introduziu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na Educação Básica. Uma decisão que veio preencher uma enorme lacuna, a de recolocar o povo negro em seu lugar de direto na história brasileira. 

Ainda hoje, 20 anos depois, ao levar para sala de aula o universo afro, os aspectos ressaltados são relacionados à contribuição do negro no léxico, na música, na gastronomia. Quando se fala em África, o que se observa, então, são alguns aspectos culturais e geográficos. Na maioria das vezes, somente os pontos negativos. 

“Ou seja, acaba por fomentar ainda mais os preconceitos e as discriminações. Sendo a escola um microuniverso ou espelho da sociedade, também ela não está livre do racismo, tanto institucional quanto estrutural”, explica Diego Alexandre, nosso professor de literatura e responsável pela trilha Africanidades. 

Segundo ele, a disciplina “Africanidades: relações África-Brasil”, ofertada como eletiva obrigatória aos alunos de 1° e 2° do Ensino Médio da Escola Ateneu, tem por objetivo trazer para a sala de aula a discussão relativa ao racismo estrutural, às questões étnico-raciais, à identidade, à preservação, à valorização e ao resgate cultural e histórico operado pelo próprio povo negro de sua cultura e de seus costumes. 

Para tanto, durante dois semestres, os alunos terão contato com diferentes obras da literatura afro-brasileira e das literaturas africanas de língua portuguesa, a saber: de Angola, Moçambique e Cabo Verde. 

Também conhecerão diferentes linguagens, tais como o cinema, o teatro, a música e as artes plásticas.  “Com acesso a este repertório, os estudantes poderão construir uma outra percepção do povo negro, do continente africano e, principalmente, da luta antirracista”, finaliza o professor Diego

Essa trilha tem sido enriquecedora para as turmas e para todos nós!